quarta-feira, 9 de março de 2011

Paisagismo = Eng. Agrônomo + Arquiteto

O Arquiteto x O Eng. Agrônomo = Sintonia Perfeita


OS PROFISSIONAIS

De longe a arquitetura e a agronomia são apenas duas profissões independentes, e com apenas o conselho em comum (CREA). Mas se formos analisarmos, perceberemos que essas profissões podem se complementar, e logo veremos que suas similaridades são muito mais comuns do que pensávamos. Juntando um pouquinho de cada, podemos criar ambientes criativos e funcionais.

   O agrônomo é o profissional que estuda, planeja e supervisiona a aplicação de princípios e processos básicos da produção agrícola, combinando conhecimentos de biologia, química e física, aos estudos específicos sobre o solo, clima, culturas e rebanhos, envolvendo um campo bem diversificado.
Este profissional: orienta a técnica agrícola (semeadura, plantio, adubação, melhoramento e aumento das espécies vegetais, colheita, armazenamento, combate às pragas, rendimento de produtos, reflorestamento, processos de irrigação e drenagem, regulagem das águas por meio de diques, barragens e canais); orienta e estuda a qualidade e o tratamento do solo; planeja a execução de construções rurais e instalações de indústrias rurais; estuda métodos de prevenção de doenças das plantas; observa a adaptação dos cultivos às diferentes terras e climas; colabora com outros técnicos na construção de estradas e vias rurais.
   Em suma, o engenheiro agrônomo, ou simplesmente agrônomo, estuda a interação do complexo homem, planta, animais, solo, clima, causa e efeito.

   Assim como o agrônomo, o arquiteto é um profissional de área de conhecimento interdisciplinar. Para sua formação é necessária a contribuição de outras áreas: que pertencem às ciências humanas, às artes e à tecnologia.
O profissional faz a planta e determina os materiais que serão utilizados na obra, levando em consideração: o uso do imóvel, a disposição dos objetos, a ventilação e a iluminação.
Ao lado do engenheiro civil, acompanha a construção e gerencia os custos e a mão de obra, atua nas etapas finais da obra, que vão desde a escolha dos revestimentos até a decoração de interiores.
   O arquiteto deve considerar a síntese desses conhecimentos para que possa atuar com responsabilidade técnica e social.
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O PAISAGISMO

              O paisagismo é uma atividade multidisciplinar e é por isso que diferentes profissionais atuam nesta área. É uma atividade complexa, pois consegue interagir em três distintos pilares: arte, ciência e técnica adquirida ou nata.
              A inclusão da arte é quando o criador consegue, através de suas emoções e sensibilidade, concretizar sua criação ou idéia com o domínio da matéria prima (papel, madeira, tinta, argila, planta, etc.). A ciência quando consegue justificar, explicar e relacionar a sua criação com os fenômenos da natureza, por exemplo: ciência do solo, clima, botânica, poluição, etc. E finalmente, a técnica que é o próprio exercício da ciência, por exemplo: semeadura, enxertia, aração, poda, etc.
Porem não pode ser esquecido o fator primordial para o seu manuseio, que é a sua matéria prima - a vegetação. Todo e qualquer profissional que é habilitado a exercer suas atividades com sucesso, precisam conhecer profundamente sua matéria prima. Sem este conhecimento fica difícil ou até impossível atingir quaisquer que sejam os efeitos desejados.

Quando se trata de vegetação no paisagismo, que é um elemento vivo, suas relações e seu comportamento não é tão previsível como outros elementos arquitetônicos constituídos de matéria prima como: madeira, cimento, ferro, borracha e outros.  A vegetação, por ser um elemento vivo, está em constante mudança de cor, tamanho, forma, exigências nutricionais, umidade e luz. Todas estas alterações podem estar intrinsecamente associadas aos processos fisiológicos ou a uma reação às condições ambientais em que as plantas estão submetidas. Sendo assim, mesmo que um profissional leve em consideração uma série de fatores que podem afetar o desenvolvimento das plantas, poderão surgir situações consideradas imprevisíveis. No meio urbano, por exemplo, devido suas características complexas, muitas reações das plantas ao meio podem ainda não ter sido experimentadas e analisadas.

Vários exemplos de fracassos e /ou erros grosseiros em projetos paisagísticos podem ser observados, quando estes aspectos não são considerados, tais como: falta de harmonia das plantas quanto às exigências de umidade em composição paisagística (musgo com cacto); falta de conhecimento quanto às exigências de luz, utilizando-se plantas de sombra no sol e vice-versa; desconhecimento básico sobre solo, colocando-se plantas para desenvolver em restos de construção; desconhecimento do sistema radicular das plantas, colocando árvores em jardineiras rasas; desconhecimento da necessidade de um sistema de drenagem em vasos; falta de conhecimento do hábito de crescimento das plantas, principalmente em pergolados e jardineiras pendentes; falta de conhecimento da altura e diâmetro de copa de árvores, colocação de plantas maiores na frente de plantas menores numa composição ou próximo à estrutura urbana como calhas e alicerces; falta de conhecimento das necessidades fisiológicas da vegetação, cimentando toda a base das plantas, isto acontece principalmente com o plantio de bambus.


ARQUITETURA + AGRôNOMO + PAISAGISMO = OBRA COMPLETA E PERFEITA

O Paisagismo evoluiu como um dos ramos da Arquitetura, sendo que juntamente com o Engenheiro Agrônomo somente Arquitetos vinculados ao Conselho regional de Engenheria e Arquitetura (CREA) podem assinar como responsáveis técnicos de projetos paisagísticos. O Biólogo especialista em biologia vegetal pode atuar como consultor técnico, indicando as plantas a serem cultivadas de acordo com o clima da região e características do solo.

Quando iniciado um projeto de paisagismo é importante a observação da topografia, do conjunto da vegetação existente, a paisagem e o caminho do sol. A implantação adequada da obra em relação ao solo e ao entorno existente ajuda muito para o resultado se tornar positivo.

Uma obra arquitetônica permite diálogo com a área externa e oferece sensação de liberdade e de bem estar. "É por isso que deve ser dada máxima atenção ao projeto de paisagismo". Elementos arquitetônicos como: aberturas, vidros, varandas, pergolados, etc, integram a vegetação no espaço interno e externo.  O verde que possui várias tonalidades, os inúmeros coloridos de flores e frutas, pode ser usado em conjunto com os materiais de construção em harmonia.

Os sistemas agrícolas de produção devem levar em conta características como clima, local, solo e variedades de plantas, que precisam ser estudados a nível local..

Assim, vimos como é importante a junção do arquiteto e no Eng. Agrônomo para um projeto paisagístico.
Enquanto o agrônomo entra com seus conhecimentos técnicos sobre as plantas, solo e clima, o arquiteto prima pela beleza e funcionalidade.

Ambas as profissões, precisam se adaptar às novas tecnologias, ter preocupação ecológica e responsabilidade social, buscando sempre: a qualidade de vida e a qualidade material do ambiente construído e sua durabilidade; o uso de tecnologias em respeito às necessidades sociais, culturais, estéticas e econômicas das comunidades; o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável do ambiente natural e construído; e a valorização e preservação da arquitetura, do urbanismo e da paisagem como patrimônio e responsabilidade coletiva.

2 comentários:

  1. Bom dia gostaria de saber o nome do autor deste texto, pois achei muito interessante e gostaria de citar trecho na minha monografia. obrigada. karolpinheiro_ufrrj@yahoo.com.br

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  2. Boa tarde sou estudante do curso de Agronomia da UNILAB do Primeiro semestre e achei interessante o texto gostava de saber quem é o autor do mesmo para que eu possa citar na minha apresentação.

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